Uma têxtil que produz grandes ideias
03-07-2017
Estilistas, criadores e grandes marcas de moda internacionais elegem uma empresa famalicense para desenvolver as suas coleções. É à AAC Têxteis, na freguesia de Vilarinho das Cambas, que confiam todo o processo: do design, ao desenvolvimento do produto, até aos protótipos finais que a empresa entrega para produção a outras empresas portuguesas e que têm como destino o mercado de luxo.
Os 33 anos que já tem deram-lhe o background necessário para evoluir e adaptar-se ao universo têxtil, tendo apostado, no início da década de 2000, neste segmento que privilegia a qualidade em detrimento da quantidade, surgindo hoje como uma referência da indústria têxtil e do vestuário em Portugal. Uma empresa peculiar, com uma pujança assinalável – em 2016 o volume de vendas rondou os 14 milhões de euros –, que o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, visitou nesta segunda-feira, 3 de julho, a pretexto do roteiro Famalicão Made IN.
Não produz, mas garante alto valor acrescentado ao vestuário de conceituadas marcas de moda feminina, masculina e infantil, nos segmentos casual, desportivo, banho, pronto-a-vestir e alta-costura. Uma equipa de trinta profissionais qualificados, liderada pelos famalicenses Paulo Pereira, Carina Cortinhas e Amélia Matos, agarra nas ideias das marcas que terminam em amostras finais de peças para produção. “Como somos uma empresa prestadora de serviços, não temos especialização, não fazemos apenas um produto. Oferecemos ao cliente soluções completas, com muita qualidade”, explicou o CEO Paulo Pereira.
A fase produtiva é também acompanhada de perto pela AAC Têxteis junto das fábricas que escolhe para dar corpo às coleções dos seus clientes internacionais: alemães, belgas, espanhóis, franceses, norte-americanos e suecos. Todos têm a mesma expectativa em termos de qualidade e serviço que a AAC Têxteis faz questão de assegurar. “Através de um grande investimento em capital humano, com base no conhecimento e no desenvolvimento constante a nível técnico, estamos a construir relações de confiança e continuidade”, afirmou aquele responsável.
Sustentabilidade e responsabilidade social não são apenas chavões para a empresa famalicense. A AAC Têxteis garante que trabalha todos os dias para conseguir “um comportamento cada vez mais responsável e transparente”. Daí que exija aos seus parceiros (confeções, tecelagens, lavandarias e tinturarias) “um comportamento responsável e amigo do ambiente”. “Esta sensibilidade levou-nos à introdução de procedimentos internos e de uma política de responsabilidade ambiental que passa pelo uso limitado de plástico, redução do consumo de água, instalação de lâmpadas LED T-5 e CFL e reciclagem de papel e cartão”, sublinhou.
Paulo Cunha não tem dúvidas: “A AAC tem domínio e conhecimento profundos do mercado global, atraindo para Portugal clientes que de outra forma escolheriam outros mercados. É uma empresa muito bem colocada do ponto de vista estratégico. Faz uma excelente abordagem ao mercado internacional e capacita as empresas portuguesas e, em particular, as famalicenses, dando-lhes escala e a oportunidade de entrar em mercados exigentes. É notória a força que esta empresa tem, como é notória a força que empresta a outras empresas”.