Terminal Ferroviário de Mercadorias da Peninsula Ibérica mais próximo da realidade
17-01-2022
Está dado mais um determinante passo para a construção do maior terminal ferroviário de mercadorias da Península Ibérica em Vila Nova de Famalicão pela Medway, empresa líder no transporte ferroviário de mercadorias em Portugal, num investimento estimado em 63 milhões de euros.
Na semana passada foram celebradas as assinaturas do contrato de urbanização, com as entidades promotoras, para a Unidade de Execução da Área de Acolhimento Empresarial de Lousado, Esmeriz e Cabeçudos, onde vai ficar implantado o empreendimento.
O presidente da Medway, Carlos Vasconcelos, referiu que, apesar dos atrasos, “o processo vai mesmo para a frente”. “Estamos entusiasmados”, disse o responsável, adiantando que a construção do terminal deve arrancar no início do segundo semestre deste ano.
A nova infraestrutura poderá começar a operar no início de 2023. Com quatro linhas férreas de 750 metros, o terminal terá uma área de 220 mil metros quadrados e capacidade para 11 mil TEU (cada TEU equivale a cerca de 6,1 metros, o comprimento de um contentor-padrão de mercadorias).
“Todos percebemos a importância deste projeto para Portugal. É um investimento fundamental para o desenvolvimento económico do país e a sua implementação em Vila Nova de Famalicão, no centro de uma região que é uma verdadeira locomotiva económica nacional, é a garantia para a sua rentabilização”, disse Mário Passos, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.
Com a ligação ferroviária direta, através da Linha do Minho, bem como com as acessibilidades rodoviárias, através de diversas vias principais, este terminal irá potenciar a indústria exportadora local, facilitando a logística das suas mercadorias, contribuindo, desse modo, para a economia e o emprego da região.
“Ao aproximarmo-nos do local de receção das mercadorias estamos a encurtar as distâncias. Com esta obra traremos o Porto Marítimo para Famalicão”, referiu Carlos Vasconcelos, na apresentação da Unidade de Execução, explicando que “este terminal irá permitir uma maior proximidade, reduzir distâncias e, claro, baixar custos”.