Precisão abriu o mundo à metalúrgica TSF
06-03-2017
Rigor e responsabilidade são características que fazem parte do ADN da TSF – Metalúrgica de Precisão, empresa sediada em Ribeirão, município de Vila Nova de Famalicão, que trabalha o ferro ao centésimo de milímetro para corresponder às exigências das indústrias nuclear, aeronáutica, petroquímica, farmacêutica e perfumaria, entre outras.
A empresa onde se fazem máquinas para encher os frascos de perfume franceses, as válvulas para controlar fluidos nas centrais nucleares e algumas peças exclusivas para a Airbus, ao nível das ferramentas de montagem, exporta 95% da produção, na sua esmagadora maioria caracterizada pelo fabrico de pequenas séries ou peças únicas. São peças técnicas de alto valor acrescentado que vão sobretudo para o mercado europeu.
A TSF entrou hoje, 6 de março, para o roteiro Famalicão Made IN, com uma visita do Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. A empresa “vive num clima de investimento permanente e intensivo para acompanhar a evolução tecnológica do setor e assim corresponder às exigências dos clientes internacionais”, explica Pedro Sousa que, em conjunto com Fernando Moreira, compõe a administração da empresa, que emprega 92 colaboradores e prevê faturar 7 milhões de euros em 2017.
O mais recentemente investimento implicou cerca de 3 milhões de euros na modernização e ampliação das instalações e foi apoiado pelo “Compete 2020” no âmbito da inovação produtiva. A TSF emprega 90 pessoas, na sua esmagadora maioria jovens funcionários provenientes do ensino profissional. “Esta é uma empresa que confirma a força do setor metalúrgico no concelho, não tanto pela quantidade mas pela diferenciação daquilo que produz”, referiu Paulo Cunha.
A mão de obra qualificada, ao nível dos quadros intermédios, é mesmo a principal dor de cabeça dos administradores da empresa que confessam sentir “grandes dificuldades em encontrar jovens com formação em quantidade suficiente para corresponder às necessidades da empresa”.
O alerta serviu para o Presidente da Câmara Municipal voltar a assinalar “a via do ensino profissional como uma opção que deve ser ponderada pelos jovens durante o seu percurso educativo. Temos encontrado muitas empresas, sobretudo nos setores metalúrgico e agroalimentar, onde a falta de recursos humanos especializados é recorrente apesar da média de vencimento ser significativamente superior à de outros setores”.